Temos tantas perguntas e poucas respostas.

Pense bem, como será no futuro, quando já não pudermos mais correr como antes, subir em um ônibus como antes, ou até mesmo dirigir, já que com a idade vamos perdendo a magnitude de nossas faculdades.
Vou dar um exemplo: minha avó por parte de mãe não aceitava que ela já não podia sair sozinha, que precisava de companhia. Um belo dia, foi dar uma volta pelo centro da cidade e enquanto andava ela tropeçou em um buraco (dos milhares que as cidades brasileiras possuem), o buraco não era grande. Resultado, começou a mancar, e foi sozinha para o hospital público de lá, se segurando nos carros, nos muros e nos postes. Chegando ao hospital diganosticaram que ela tinha quebrado o pé, bem no meio. Minha avó só tinha 70 anos quando isso aconteceu. Casada, vivia com meu avô e não quis esperar a filha mais velha para acompanhá-la. Teimosa? sim, mas lúcida e não aceitava que não poderia dar sua "voltinha" sozinha.
Este é um bom exemplo, será que nós não iremos fazer a mesma coisa? E quanto a parte financeira?. Se hoje, quando somos saudáveis e mais jovens, já temos dificuldades relativas para pagar as contas, imagine quando ficarmos mais velhos e nos aposentarmos. Sabemos muito bem que no Brasil isso é uma situação super difícil. Porque não pensamos em nos preparar para não depender de ninguém financeiramente?
Aqui nos Estados Unidos, resguardadas as devidas proporções, desde jovens as pessoas pensam em criar uma poupança, ou até mesmo fazer uma aposentadoria privada. Isto é cultural. As crianças crescem ouvindo isso. Precisamos pensar assim também no Brasil.
Veja bem, eu sou da geração que teve filhos após os 30 e alguns anos. Quando os filhos desta geração chegarem aos 20 anos, já estaremos perto dos 60. Claro, os filhos já não precisarão de troca de fraldas, mas precisarão de apoio emocional e até mesmo financeiro. Estamos prontos para isso?. Assim que meu filho fez 1 ano de vida, eu e meu marido fizemos uma previdência para ele, no banco chamam de plano faculdade. Quando ele chegar aos 18 anos poderemos resgatar o montante para investir nos Estudos dele. Vamos pagando um pouquinho todo mês, sem preocupações e o dinheiro está lá rendendo.
Ah Cristiane, que bobagem ficar pensando nisso agora, muitos já me disseram. E eu sempre pergunto, mas quando vamos pensar nisso? Quando formos dar entrada na aposentadoria e percebermos que fizemos tudo errado? ou quando a necessidade nos bater à porta?
Fazer uma caminhas de 30 minutos por dia, a princípio parece nada, mas contabilize isso ao longo de 10 anos. Fazer um alongamento leve, diminuir o sal, o sol, dormir mais, sorrir mais, tudo isso vai refletir lá no futuro. Seremos mais fortes e mais saudáveis por mais tempo.
Envelhecer, para mim, não é problema. Envelhecer mal é que me assusta. Longe de mim querer ditar regras de vida. Cada um sabe o modo que encaminha a sua, e este é um post de ideias pessoais, claro.
Mas acho tão importante pensar que precisamos fazer o caminho da velhice, tanto de nossos pais, quanto da nossa própria tão mais bonito e saudável.
Não é verdade?
Emprego temporário para pessoas de 18 a 70 anos em todo Brasil: saiba mais aqui