outubro 29, 2010

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outubro 28, 2010

exercício físico protege os neurônios cardíacos do processo natural de envelhecimento. Eles são responsáveis pelo controle da frequência dos batimentos e da pressão arterial

 
“É natural envelhecer, ter rugas, ossos mais frágeis e perder músculos. Todos querem, porém, ter independência e funcionalidade sem depender de ninguém. E o meio para se chegar a isso é o exercício físico”, aconselha.


"Fiação" cardíaca
O coração, como diversos outros órgãos, apresenta conjuntos de neurônios em suas paredes. Eles se organizam em aglomerados que são denominados plexos. Nesse caso, são chamados de plexo cardíaco.

Um estudo apresentado na Universidade de São Paulo (USP) constatou que praticar exercícios regularmente protege os neurônios do coração do processo de envelhecimento. A conclusão é de que com o avançar da idade os neurônios são eliminados naturalmente e, para ocupar os espaços vagos, os que ainda restam aumentam de tamanho. Esse mecanismo, natural do corpo humano, é uma tentativa de manter a função de proteção mesmo com a perda numérica. Em quem pratica atividades físicas, essa substituição ocorre com intensidade menor.

As consequências desse processo estão ligadas às alterações no controle da frequência cardíaca e da pressão arterial, além de dar força de contração ao músculo cardíaco.

Assim como todos os neurônios presentes no organismo, os do coração trabalham como um tipo de fiação elétrica. Eles recebem estímulos do sistema nervoso central para manter a função cardíaca equilibrada. São espécies de elos que intermedeiam o sistema nervoso central e o coração. A perda dos neurônios implica em uma estratégia compensatória: o organismo lança mão de um mecanismo para ocupar o espaço vazio deixado pelos que morreram e aumenta o tamanho dos que ainda vivem. Segundo Eliane, o tamanho absoluto dos neurônios não é a questão principal. O fato importante é que eles se distribuem em populações — de grandes, médios e pequenos neurônios — e, com o avanço da idade, ocorre uma diminuição pronunciada.
A fisioterapeuta conta que esse procedimento de “reposição” resolve apenas parcialmente o problema da perda, pois os neurônios de maior tamanho apresentam menor excitabilidade. “Isso significa que é necessário um estímulo com intensidade maior para que ele funcione, ou seja, para que desempenhe o papel de um neurônio, que é transmitir estímulos. Se essa função está abalada, compromete também a função cardíaca”, explica.

O geriatra Romeu Souza diz que o envelhecimento dos neurônios é variável de acordo com a pessoa, mas geralmente se inicia aos 25 anos. Ele conta que os neurônios que já morreram não são recuperados com o exercício, no entanto, a partir do momento que a atividade física é inserida no dia a dia da pessoa, o processo diminui e a perda é minimizada. “Perder neurônios é natural. Mesmo praticando exercícios, a eliminação continua, porém com menor intensidade”, esclarece.
Para Romeu, a existência de neurônios maiores no organismo é percebida quando, por exemplo, a atividade moderada, e em pessoas com condicionamento físico baixo, aumenta a frequência cardíaca, que demora a voltar ao normal. Ele explica que a perda desses neurônios e a substituição pelos maiores vai fazer com que a frequência atinja um menor patamar, durante o exercício físico. “No jovem, chega a 220 batimentos por minuto no exercício intenso, ao passo em que, no idoso, chega a 140, no máximo,”, ilustra. Segundo ele, a força de contração também diminui, fazendo com que o volume de sangue ejetado por minuto diminua.



A pesquisa faz parte do trabalho de pós-doutorado da fisioterapeuta Eliane Florencio Gama, do Instituto de Ciências Biomédicas da USP (ICB), com orientação do biólogo Edson Aparecido Liberti.
 
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exercício físico protege os neurônios cardíacos do processo natural de envelhecimento. Eles são responsáveis pelo controle da frequência dos batimentos e da pressão arterial

 
“É natural envelhecer, ter rugas, ossos mais frágeis e perder músculos. Todos querem, porém, ter independência e funcionalidade sem depender de ninguém. E o meio para se chegar a isso é o exercício físico”, aconselha.


"Fiação" cardíaca
O coração, como diversos outros órgãos, apresenta conjuntos de neurônios em suas paredes. Eles se organizam em aglomerados que são denominados plexos. Nesse caso, são chamados de plexo cardíaco.

Um estudo apresentado na Universidade de São Paulo (USP) constatou que praticar exercícios regularmente protege os neurônios do coração do processo de envelhecimento. A conclusão é de que com o avançar da idade os neurônios são eliminados naturalmente e, para ocupar os espaços vagos, os que ainda restam aumentam de tamanho. Esse mecanismo, natural do corpo humano, é uma tentativa de manter a função de proteção mesmo com a perda numérica. Em quem pratica atividades físicas, essa substituição ocorre com intensidade menor.

As consequências desse processo estão ligadas às alterações no controle da frequência cardíaca e da pressão arterial, além de dar força de contração ao músculo cardíaco.

Assim como todos os neurônios presentes no organismo, os do coração trabalham como um tipo de fiação elétrica. Eles recebem estímulos do sistema nervoso central para manter a função cardíaca equilibrada. São espécies de elos que intermedeiam o sistema nervoso central e o coração. A perda dos neurônios implica em uma estratégia compensatória: o organismo lança mão de um mecanismo para ocupar o espaço vazio deixado pelos que morreram e aumenta o tamanho dos que ainda vivem. Segundo Eliane, o tamanho absoluto dos neurônios não é a questão principal. O fato importante é que eles se distribuem em populações — de grandes, médios e pequenos neurônios — e, com o avanço da idade, ocorre uma diminuição pronunciada.
A fisioterapeuta conta que esse procedimento de “reposição” resolve apenas parcialmente o problema da perda, pois os neurônios de maior tamanho apresentam menor excitabilidade. “Isso significa que é necessário um estímulo com intensidade maior para que ele funcione, ou seja, para que desempenhe o papel de um neurônio, que é transmitir estímulos. Se essa função está abalada, compromete também a função cardíaca”, explica.

O geriatra Romeu Souza diz que o envelhecimento dos neurônios é variável de acordo com a pessoa, mas geralmente se inicia aos 25 anos. Ele conta que os neurônios que já morreram não são recuperados com o exercício, no entanto, a partir do momento que a atividade física é inserida no dia a dia da pessoa, o processo diminui e a perda é minimizada. “Perder neurônios é natural. Mesmo praticando exercícios, a eliminação continua, porém com menor intensidade”, esclarece.
Para Romeu, a existência de neurônios maiores no organismo é percebida quando, por exemplo, a atividade moderada, e em pessoas com condicionamento físico baixo, aumenta a frequência cardíaca, que demora a voltar ao normal. Ele explica que a perda desses neurônios e a substituição pelos maiores vai fazer com que a frequência atinja um menor patamar, durante o exercício físico. “No jovem, chega a 220 batimentos por minuto no exercício intenso, ao passo em que, no idoso, chega a 140, no máximo,”, ilustra. Segundo ele, a força de contração também diminui, fazendo com que o volume de sangue ejetado por minuto diminua.



A pesquisa faz parte do trabalho de pós-doutorado da fisioterapeuta Eliane Florencio Gama, do Instituto de Ciências Biomédicas da USP (ICB), com orientação do biólogo Edson Aparecido Liberti.
 
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outubro 27, 2010

Carta do Papa João Paulo II aos anciãos - 1999



Aos meus irmãos e irmãs anciãos!
 



« A soma da nossa vida é de setenta anos, 
os mais fortes chegam aos oitenta; 
mas a maior parte deles 
é fadiga e dor, 
passam depressa e nós desaparecemos » 
(Sal 90 [89], 10)

1. Setenta anos eram muitos no tempo em que o Salmista escrevia estas palavras, e
muitos não os superavam; hoje, graças aos progressos da medicina e melhores
condições sociais e econômicas, em muitas regiões do mundo a vida ampliou-se
notavelmente. Porém, é sempre verdade que os anos passam rapidamente; o dom
da vida, apesar da fadiga e dor que a caracteriza, é belo e precioso demais para que
dele nos cansemos.

Sendo também eu idoso, senti o desejo de estabelecer um diálogo convosco. Faço-
o, antes de mais, dando graças a Deus pelos abundantes dons e oportunidades que
Ele me concedeu até hoje. Percorro novamente com a memória as etapas da minha
existência, que se entrelaçam com a história de grande parte deste século, e vejo
aparecer a figura de numerosas pessoas, algumas delas particularmente queridas:
são lembranças de eventos ordinários e extraordinários, de momentos felizes e de
fatos marcados pelo sofrimento. Acima de tudo, no entanto, vejo estender-se a mão
providente e misericordiosa de Deus Pai, o qual « trata do melhor modo tudo o que
existe »,(1) e « se algo Lhe pedimos, segundo a Sua vontade, Ele ouve-nos » (1 Jo
5, 14). A Ele, digo com o Salmista: « Desde a minha juventude, Vós me instruístes,
Senhor, até ao presente anuncio as Vossas maravilhas. Agora na velhice e na
decrepitude, não me abandoneis, ó Deus; para que narre às gerações a força do
Vosso braço, o Vosso poder a todos os que hão de vir » (Sal 71 [70], 17-18).

Meu pensamento dirige-se com afeto a vós, caríssimos anciãos de qualquer língua
e cultura. Escrevo-vos esta carta no ano que a Organização das Nações Unidas quis
oportunamente dedicar aos anciãos, para chamar a atenção da sociedade inteira

 para a situação daquele que, pelo peso da idade, deve com freqüência enfrentar
problemas numerosos e difíceis.

Sobre este tema, o Pontifício Conselho para os Leigos já ofereceu preciosas linhas
de reflexão. (2) Com esta carta, desejo somente exprimir a minha proximidade
espiritual com o intuito de quem, ano após ano, sente crescer dentro de si uma
compreensão sempre mais profunda desta fase da vida e nota consequentemente a
necessidade de um contacto mais direto com os seus contemporâneos para refletir
sobre coisas que são de comum experiência, tudo colocando sob o olhar de Deus
que nos envolve com o seu amor, e com a sua providência nos sustenta e conduz.

2. Caríssimos irmãos e irmãs, voltar ao passado para tentar uma espécie de
balanço, é espontâneo na nossa idade. Esta visão retrospectiva permite uma
avaliação mais serena e objetiva de pessoas e situações encontradas ao longo do
caminho. O passar do tempo suaviza os contornos dos acontecimentos,
amenizando os contratempos dolorosos. Infelizmente cruzes e tribulações estão
amplamente presentes na vida de cada um. Às vezes trata-se de problemas e
sofrimentos, que põem à dura prova a resistência psicofísica e podem fazer
estremecer a própria fé. Mas a experiência ensina que até as próprias penas
cotidianas, com a graça do Senhor, contribuem freqüentemente para o
amadurecimento das pessoas, abrandando-lhes o caráter.

Para além dos acontecimentos pessoais, a reflexão que mais se impõe é a que se
refere ao tempo que passa inexoravelmente. « O tempo foge irremediavelmente »,
já sentenciava um antigo poeta latino. (3) O homem está imerso no tempo: nele
nasce, vive e morre. Com o nascimento fixa-se uma data, a primeira da sua vida, e
com a morte a outra, a última: o alfa e o ômega, o início e o fim da sua passagem
pela terra, como a tradição cristã sublinha, esculpindo estas letras do alfabeto grego
sobre as lápides dos túmulos.

Mas, se a existência de cada um de nós é tão limitada e frágil, conforta-nos o
pensamento que, graças à alma espiritual, sobrevivemos à morte. Aliás, a fé
oferece-nos uma « esperança que não confunde » (cf. Rom 5, 5), descerrando-nos a
perspectiva da ressurreição final. Não é sem motivo que a Igreja, na solene Vigília
Pascal, usa estas mesmas letras para se referir a Cristo vivo, ontem, hoje e sempre:
« Princípio e fim, Alfa e Ômega. A Ele pertence o tempo e a eternidade ». (4) A
existência humana, apesar de sujeita ao tempo, é colocada por Cristo no horizonte
da imortalidade. Ele « fez-Se homem entre os homens, para reunir o fim com o
princípio, isto é, o homem com Deus ». (5)



Um século complexo rumo a um futuro de esperança

3. Dirigindo-me aos anciãos, sei que estou falando com pessoas e de pessoas que
atravessaram um longo percurso (cf. Sab 4, 13). Falo aos meus contemporâneos;
posso, assim, procurar facilmente uma analogia na minha vida pessoal. A nossa
vida, caros irmãos e irmãs, foi inscrita pela Providência neste século vinte, que
recebeu uma complexa herança do passado e foi testemunha de eventos numerosos
e extraordinários.

Como muitos outros tempos da história, ele registou luzes e sombras. Nem tudo foi
escuridão. Muitos aspectos positivos compensaram o negativo ou dele surgiram
como uma benéfica reação da consciência coletiva. Mas também é verdade — e
seria tão injusto como perigoso esquecê-lo — que houve sofrimentos indizíveis,
que afetaram a vida de milhões e milhões de pessoas. Bastaria pensar nos conflitos
deflagrados em diversos continentes devido a disputas territoriais entre Estados ou
ao ódio inter-étnico. De não menor gravidade devem-se considerar a extrema
pobreza de amplas faixas sociais no hemisfério sul do mundo, o fenômeno
vergonhoso da discriminação racial e a sistemática violação dos direitos humanos
em muitas nações. E que dizer então dos grandes conflitos mundiais?

Na primeira parte do século houve duas guerras, com uma quantidade nunca antes
imaginada de mortos e de destruição. A primeira guerra mundial ceifou milhões de
soldados e de civis, destroçando tantas vidas humanas no limiar da adolescência, e
até mesmo da infância. E que dizer então da segunda guerra mundial? Ocorrida
após poucos decênios de relativa paz mundial, especialmente na Europa, foi mais
trágica do que a precedente, com conseqüências desastrosas para a vida das nações
e dos continentes. Foi guerra total, inaudita mobilização de ódio, que caiu também
brutalmente sobre populações civis inermes e destruiu inteiras gerações. O tributo
pago, nas várias frentes, à loucura bélica foi incalculável, e igualmente terrível foi
a matança consumada nos campos de extermínio, verdadeiros Gólgotas da época
contemporânea.

Na segunda metade do século, viveu-se por vários anos, o pesadelo da guerra fria,
isto é da confrontação entre os dois grandes blocos ideológicos opostos, Leste e
Oeste, com uma desenfreada corrida aos armamentos e a constante ameaça de uma
guerra atômica, capaz de levar a humanidade à extinção.(6) Graças a Deus, aquela
página tenebrosa fechou-se na Europa com a queda dos regimes totalitários
opressivos, como fruto de uma luta pacífica, que se serviu das armas da verdade e
da justiça.(7) Começou, assim, um árduo mas profícuo processo de diálogo e de
reconciliação, destinado a instaurar uma convivência mais serena e solidária entre


os povos.

Muitas nações, porém, estão ainda bem longe de conhecer os benefícios da paz e
da liberdade. Grande inquietação suscitou nos passados meses o violento conflito
deflagrado na região dos Balcãs, já teatro nos anos precedentes de uma terrível
guerra de caráter étnico: mais sangue foi derramado, outras destruições
aconteceram, mais ódio foi alimentado. Agora, no momento em que o furor das
armas se aplacou, começa-se a pensar na reconstrução, na perspectiva do novo
milênio. Nesse meio tempo, continuam a rebentar também em outros continentes
vários focos de guerra, por vezes com massacres e violências muito cedo
esquecidos pelos jornais.

4. Se estas lembranças e dolorosas realidades atuais nos entristecem, não podemos
esquecer que o nosso século viu levantarem-se no horizonte bastantes sinais
positivos, que constituem novas fontes de esperança para o terceiro milênio.
Assim, cresceu — mesmo entre tantas contradições, especialmente quanto ao
respeito pela vida de cada ser humano — a consciência dos direitos humanos
universais, proclamados em solenes declarações que comprometem os povos.

Desenvolveu-se, igualmente, o sentido do direito dos povos à autodeterminação no
âmbito de relações nacionais e internacionais inspiradas na valorização das
identidades culturais e no respeito pelas minorias. A queda dos sistemas
totalitários, como os do Leste europeu, fez crescer a percepção universal do valor
da democracia e da liberdade de mercado, mesmo deixando aberto o enorme
desafio de conjugar liberdade e justiça social.

Deve ser considerado, da mesma forma, um grande dom de Deus o fato de as
religiões estarem tentando, sempre com maior determinação, um diálogo que as
torne elemento fundamental de paz e de unidade no mundo.

Como não ressaltar também o crescimento, na consciência comum, do
reconhecimento da dignidade da mulher? Sem dúvida, há ainda muito caminho a
ser percorrido, mas a linha está traçada. Motivo de esperança é, também, a
intensificação das comunicações que, favorecidas pela tecnologia atual, permitem
superar as fronteiras tradicionais, fazendo-nos sentir cidadãos do mundo.

Outro campo importante de maturação é a nova sensibilidade ecológica que merece
ser encorajada. Fatores de esperança são ainda os grandes progressos da medicina e
das ciências aplicadas ao bem-estar do homem.





Portanto, são muitos os motivos pelos quais devemos agradecer a Deus. Apesar de
tudo, este final de século apresenta-se com grandes potencialidades de paz e de
progresso. Mesmo das provas que afetaram a nossa geração, emerge uma luz capaz
de iluminar os anos da nossa velhice. Fica então confirmado um princípio muito
apreciado pela fé cristã: « As tribulações não só não destroem a esperança, mas são
o seu fundamento ».(8)

Então é sugestivo que, enquanto o século e o milênio se encaminham para o
crepúsculo e já se entrevê a aurora de uma nova estação para a humanidade, nos
detenhamos a meditar sobre a realidade do tempo que passa rápido, não para
resignar-nos a um destino inexorável, mas para valorizar plenamente os anos que
nos restam para viver.

O outono da vida

5. O que é a velhice? Às vezes fala-se dela como do outono da vida — assim fazia
Cícero (9) — seguindo a analogia sugerida pelas estações e pelo andamento das
fases da natureza. Basta olhar, ao longo do ano, para a mudança da paisagem nas
montanhas e nas planícies, nos prados, nos vales, nos bosques, nas árvores e nas
plantas. Há uma estreita semelhança entre o biorritmo do homem e os ciclos da
natureza, à qual ele pertence.

Porém, o homem, por sua vez, distingue-se de toda a realidade que o circunda,
porque é pessoa. Plasmado à imagem e semelhança de Deus, ele é sujeito
consciente e responsável. Mas, mesmo na sua dimensão espiritual, ele vive a
sucessão das distintas fases, todas igualmente passageiras. S. Efrem, o Sírio, amava
comparar a vida com os dedos da mão, quer para pôr em evidência que a sua
duração não vai mais além de um palmo, quer para indicar que, como os vários
dedos, cada fase da vida tem a sua característica, e « os dedos representam os cinco
degraus pelos quais o homem progride ».(10) Se, portanto, a infância e a juventude
são o período no qual o ser humano está formando-se, vive projetado para o futuro
e, tomando consciência das próprias potencialidades, forja projetos para a idade
adulta, a velhice também possui os seus bens, porque — como observa S. Jerônimo
— atenuando o ímpeto das paixões, ela « aumenta a sabedoria, dá conselhos mais
amadurecidos ».(11) Em certo sentido, é a época privilegiada daquela sabedoria
que, em geral, é fruto da experiência, porque « o tempo é um grande mestre ».(12)
Além disso, é bem conhecida a oração do Salmista: « Ensinai-nos a contar os
nossos dias, para que guiemos o coração na sabedoria » (Sal 90 [89], 12).

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