abril 13, 2011

Você sabia que é proibido alimentar pombos?

A figura do velhinho sentando em um banco na praça alimentando pombos, não existe mais, ou não deveria existir, já que os pombos são uma das pragas urbanas que preocupam autoridades sanitárias e médicos no País. Potencial transmissor de doenças há legislação que proíbe alimentá-los.

"Muitas são reclamações contra vizinhos, geralmente idosos, que alimentam os bichos na calçada em frente da casa ou no quintal", conta Fábio Agostine, médico veterinário do Centro de Controle de Zoonoses de São Caetano, ele explica que se o pombo encontrar abrigo comida e água acaba se instalando. Isso ocorre em telhados, torres de igrejas, marquises e árvores. Comida, quando não tem quem dê, acha com facilidade em restos deixados em locais públicos e abertos. Outro fator que contribui para sua proliferação é a ausência de um predador natural, como o gavião.

O pombo daqui tem origem européia, tendo chegado junto com os portugueses, durante a colonização, para servir de alimento. Foram domesticados há 5.000 anos pelos asiáticos, também para servir de alimento, além de treinados para levar correspondência. Cada fêmea pode ter até dez filhotes por ano. Na cidade, o espécime dura até cinco anos. Na natureza, 20.

PREJUÍZO
Entupimento de calhas, canos. Recentemente uma igreja, em São Bernardo do Campo, precisou trocar todas as calhas, por causa da quantidade de bichos instalados. Foram necessários três meses de trabalho para retirar ninhos, fezes e até pombos mortos que entupiram os canos.

Usar balde d''água ou mangueira, sem jato, para limpar as fezes do pombo é a forma mais adequada para retirar o excremento. Se varrer, os fungos ficam suspensos no ar e podem ser inalados.

Doença transmitida pela ave afeta imunodeficientes
O pombo é transmissor de algumas doenças. A mais grave é a criptococose, causada pelo fungo cryptococcus. No entanto, a maior parte das pessoas, ao entrar em contato com o fungo, não manifesta a enfermidade. Geralmente, os infectados são pacientes imunologicamente debilitados, como portadores de HIV ou câncer.

"Criamos anticorpos e ficamos imunes. É uma doença oportunista, que contamina pessoas com imunidade baixa. Mas já tivemos situações de pessoas fora desse perfil. explica o médico Munik Akar Ayub, professor de Infectologia da Faculdade de Medicina do ABC. Segundo ele, os pacientes imunologicamente debilitados podem apresentar os seguintes quadros: meningite (inflamação da meninge), encefalite (inflamação do cérebro) e retardo mental. Em alguns casos, leva à morte.

Há outras doenças transmitidas, como salmonelose, causada pela ingestão de ovos ou carne contaminados pela bactéria salmonella, também presente nas fezes de pombos. As penas e ninhos podem agravar quadros alérgicos. "É um rato de asas que transporta sujeira. O vento faz com que as partículas dos fungos se depositem também em objetos e alimentos", alerta o especialista.

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